III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional realizada em Curitiba

III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional 

               A Secretária de Educação, Sra. Edna Dias, a Orientadora Pedagógica, Sra. Isabel Darolt da Silva e a Professora Responsável pela Educação Infantil, Sra. Sandra Regina Vieira, participaram na última quarta e quinta-feira (28 e 29) em Curitiba do III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional, o principal evento anual voltado à educação pública promovido pela Editora Opet.

                 Iniciou o ciclo de conferências do III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional, o professor Vasco Moretto – um dos principais nomes da educação brasileira na atualidade. Ele refletiu sobre o papel da escola pública no Brasil hoje, observando, inicialmente, que as muitas críticas e problemas detectados por pensadores e jornalistas devem servir não como motivo de desespero, mas como elementos para a construção da educação realmente desejada e necessária. 

              Moretto defende um modelo pedagógico que tenha por meta desenvolver competências; que permita ao aluno abordar e resolver situações complexas com competência. "Competência é a capacidade que uma pessoa tem de mobilizar recursos para abordar e resolver uma situação complexa", explica. Para se falar em competência, portanto, é necessário definir situação complexa. "É no planejamento pedagógico que vamos definir as situações complexas para as quais queremos que nossos alunos estejam preparados", observa Moretto. 

           A conferência de abertura do segundo dia (quinta-feira) do III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional foi proferida pela doutora em Psicologia Escolar Sonia Regina Meira, que discorreu sobre os diversos aspectos relacionados à avaliação institucional. Além de focalizar aspectos técnicos – sua conferência incluiu uma esclarecedora leitura do que os organismos internacionais e a lei brasileira definem como educação de qualidade -, a conferencista associou o papel da avaliação institucional  à evolução da qualidade na educação. Segundo Sonia, a avaliação institucional – instrumento ainda pouco compreendido e até temido por docentes e gestores -, se conduzida em sua plenitude, pode contribuir significativamente para a evolução da escola.  "É preciso fazer com que as avaliações institucionais deixem de ser apenas números e passem, de fato, a colaborar para as transformações necessárias", observou. Isso passa, necessariamente, por um melhor entendimento e gestão das informações.

                Um dos momentos mais emocionantes do III Fórum Nacional de Gestão Pública Educacional ficou por conta da palestra do primeiro astronauta brasileiro, o tenente-coronel da Aeronáutica, professor e conferencista Marcos Pontes.

            Por mais de duas horas, na manhã de sexta-feira (29), ele relatou detalhadamente aos cerca de duzentos participantes do encontro sua trajetória, da infância simples em Bauru (interior de São Paulo) à ida ao espaço na chamada "Missão Centenário", no ano de 2006.

             Pontes, que nos últimos anos tem realizado um importante trabalho em prol da educação, destacou em vários momentos o papel da escola para o seu sucesso profissional e pessoal. Ele começou sua aproximação com o ambiente da educação profissional aos 14 anos, quando se tornou aluno do SENAI e eletricista aprendiz da Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

         O primeiro astronauta brasileiro também destacou a importância da valorização dos sonhos pessoais e do trabalho, observando que as pessoas são o que desejam ser. "É preciso ter em mente, sempre, a frase "É possível"", observou. Marcos Pontes também observou a importância de outros elementos – como o apoio dos pais, a valorização da própria origem, o cultivo do respeito ao próprio país e uma inquietação permanente (em oposição à acomodação) – para o sucesso pessoal.

             Aventura no espaço – Durante a palestra, os participantes também tiveram acesso a uma série de informações sobre vôos espaciais. Puderam conhecer como funciona a seleção e a preparação dos astronautas – um período de vários anos, que inclui muito estudo e preparação para o gerenciamento de situações-limite -, assim como curiosidades e possibilidades científicas da conquista do espaço.