ÍNDIOS DE JOSÉ BOITEUX INICIAM COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA DE TANGERINAS NA CEASA DE BLUMENAU
Objetivo é transportar pelo menos uma carga por semana até agosto
Resultado da parceria entre a Epagri e a Fundação Nacional do Índio (Funai), a produção de tangerinas da Aldeia Toldo de José Boiteux não ficará sem ser comercializada este ano. No dia 02 de julho, em ação inédita no município, os índios iniciaram a comercialização da produção na Central de Abastecimento de Santa Catarina (Ceasa) na unidade de Blumenau. “Nos últimos dois anos, a comunidade estava perdendo a produção por falta de compradores das frutas. A alternativa da Ceasa surgiu por sugestão da Epagri em uma reunião com lideranças e Funai. Como a Funai dispunha de veículo para o transporte, resolvemos encarar o desafio”, comenta o engenheiro agrônomo da Epagri de José Boiteux, Jean Carlos Loffaguen.
A intermediação do escritório local da Epagri de José Boiteux facilitou a negociação de um espaço para comercialização na Ceasa. “Como era a primeira vez que eles estavam comercializando a tangerina fora da comunidade, havia uma apreensão. Porém, o resultado foi altamente positivo, já que o produto foi bem aceito pelos compradores, tanto pela qualidade do das frutas, quanto pelo preço ofertado, o que prova que a atividade vai se consolidar como alternativa de geração de renda para comunidade”, analisa Loffaguen. No primeiro dia de comercialização, a venda foi feita por três produtores da comunidade, acompanhados do técnico da Epagri e o resultado foi à comercialização de cerca de 2.500 quilos de tangerina.
Com essa opção de venda direta para atacado e varejo, a comunidade indígena terá um ganho significativo na renda. A margem de lucro deve aumentar em mais 40%, descontando os custos de logística, calcula o engenheiro agrônomo.
Uma caixa de tangerina comercializada antes por R$12,00 na comunidade, agora foi vendida na Ceasa entre R$18,00 e R$25,00 dependendo da variedade. “A iniciativa abriu as portas para o mercado de tangerina produzido na comunidade neste ano. O objetivo é dar continuidade até agosto, quando chega ao fim a safra deste ano e já se preparar para o próximo ano, quando devemos ter um aumento de produção em função dos investimentos realizados nos pomares nos últimos anos e principalmente em função do ânimo reavivado em função do sucesso na comercialização ”, concluiu o engenheiro agrônomo.
A expectativa da Aldeia Toldo é comercializar pelo menos 12 mil quilos nesta safra.
Jor. Estéla Becker (047) 9627-7306
Assessoria de Imprensa
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